Tá, confesso. Foi cena.
Mas se não te quis (ou não sabia que queria) era porque ainda não havia enxergado tudo que você é.
Talvez, a princípio, meus óculos estivessem embaçados pela brisa desse mar arredio que é tu.
Talvez, a princípio, meus óculos estivessem embaçados pela brisa desse mar arredio que é tu.
Talvez, no fundo, tivesse medo de me deixar levar - e afogar - pelas ondas avassaladoras do teu ser. Ou podiam as brasas do teu fogo me queimar.
Talvez, afinal, eu achava que era muito feliz na minha zona de conforto muito-bem-sozinha-obrigada.
Talvez?
Quando, enfim, tirei meus óculos e me permiti enxergar - com os olhos da alma - o quão incrível você é e tudo que, de mãos dadas, poderíamos ser... foi ai que percebi a ínfima possibilidade de amar e ser amada.
Quando, finalmente, me despi do medo e me deixei navegar pelas tuas águas inquietas, então, vi que podia atracar meu ser cansado no teu porto - meu porto seguro.
Quando eu constatei que havia algo no teu beijo, corpo, cheiro, abraço que era só teu, foi nesse segundo que todas as órbitas se alinharam e tudo fez sentido.
O surreal acontecimento do amor correspondido, pasme!, se permitiu acontecer.
Em ti encontrei o lar onde, enfim, pude descansar. Tuas brasas esquentaram minha alma fria. E, assim, te amei. Amei teu beijo, corpo, cheiro, abraço. Amei teu toque. Amei teu(s) toc(s). Milimetricamente amei teu jeito e tudo sobre ti. Tudo tão maravilhosamente azul. Tudo sobre nós. Nós tão yellow. Amei. Amei mesmo! E amo. Cada vez mais e mais e mais...
E não é cena. (juro!)